sexta-feira, 13 de março de 2009

Estética e alma

Por Marciel S. Santos

O problema não está na estética, mas na alma. A estética é reflexo apenas de preocupações em apresentar-se à sociedade para ser aceito por esse ou aquele grupo de indivíduos. Indivíduos que buscam se beneficiar numa simbiose perversa, maldosa, egoísta e injusta. Prevalecendo o desequilíbrio na correlação de força. Há grupo de indivíduos em que a preocupação é procurar reverenciar, honrar, respeitar e, acima de tudo, amar, independente da condição de cada um. Não levando em conta o que o outro pode lhe dar, mas o que se pode oferecer. A tentativa de agressão moral não prevalece, pois há o reconhecimento da condição de alma do indivíduo, de suas carências. Não física, mas de alma. Sejamos sinceros, o passado já proporcionou grandes cousas, assim como o presente, mas há um abismo desproporcional na alma para com o futuro. A insatisfação do homem está na sua alma, não no seu exterior. A arrogância, a soberba, a altivez, são característica da alma que procura viver independentemente, mas ao mesmo tempo buscando o reconhecimento de outros. Muitas vezes considerando esses outros como inferiores. Mentes assim costumam levar a conflitos em nível proximal quanto longínquo - como Adolfo Hitle, que poderíamos deixar de citá-lo, mas é um exemplo -, levando a conseqüências irreversíveis. Não apenas no físico, sobretudo na alma. Se o Criador, O Altíssimo, permitir, terão ainda a oportunidade de se arrependerem, não tirando sua própria vida, pois esse é o ato mais covarde que um ser humano pode realizar e deixar como legado. Esse ato evidencia a alma por si só. Uma tentativa de eliminá-la, enganosamente. É o que ocorre na busca por uma eterna aparência jovial, caracterizando o Homo ludens. A busca por satisfazer-se ressalta extintos ditos “primitivos”, mas que sempre estiveram presentes no homem, pois trata-se do reflexo de sua alma. O físico estabelece a relação com o meio, mas a satisfação do homem diz respeito à alma. E é exatamente aí a maneira mais eficaz em medir a grandeza do homem: sua alma. Resta a questão, a quem ela pertence?