terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Por que estamos aqui

Para responder a essa inquietação é necessário, antes, sabermos quem somos.
Quem sou eu?
Outrora nossos antepassados eram identificados pelos pais: fulando é filho de ciclano. E já se tinha uma grande expectativa e revelação dos traços e ou perfil do indivíduo, quer com honra ou não. Quando o indivíduo era de fora da comunidade, referia-se, além do nome individual, o da cidade de origem.
Hoje, em geral, já é absolutamente notório o distanciamento dessa prática. A causa é o excesso do individualismo! A resposta à segunda questão geralmente vem se referindo ao nome da pessoa: “Eu sou fulano”. Às vezes aparece o complemento, de tal. O tal não é referido explicitamente ou intencionalmente aos pais, mas resumidamente ao próprio ser, ao indivíduo.
No entanto, ainda se observa nos meios mais “privilegiados”, pessoas intencionalmente colocadas em destaques na sociedade, cujos nomes são relacionados aos pais, quer sejam artistas ou esportistas em geral.
Alguém conhece o filho de algum grande empresário? Do administrador da Vale, do Banco Bradesco, etc.?
A ciência baseia-se em alguns fatos, conjecturas, que não são 100% verdadeiros, e isso é fato! Um deles é quanto a sermos parentes de uma banana ou um macaco, pois ambos têm DNAs muito semelhantes aos nossos.
Na Física existe uma análise muito interessante sobre sistemas. Percebe-se que na natureza há uma tendência para que sistemas mais complexos tenderem para menos complexos. Nota?
Observe uma xícara, antes sobre uma mesa, e após se despedaçar no chão. Às vezes nem se reconhece que era uma xícara. Ela poderia voltar a ser o que era antes? A menos de uma realização de um trabalho, não! De um agente, não!
Há vários exemplos dessa tendência da natureza, tornando-se uma regra, uma lei universal. Ou seja. Parece existir um caminho de sistema mais complexo para menos complexo. Uma xícara inteira é considerada mais complexa que ela em pedaços. Seu estado de energia é menor em pedaços.
Pois bem. Há algo que contradiz essa natureza tendenciosa: a vida!
Segundo a própria ciência, a vida surgiu de um sistema muito menos complexo que o nosso atual estágio. Como ocorre essa contradição da natureza?
O que é a morte do físico, material, senão o caminho de um sistema muito complexo para um caos, um estado de organização menor, obedecendo assim à regra geral do universo?!
Para surgir um estado mais complexo e a manutenção do mesmo é necessário que algum agente forneça energia, realize trabalho, aja sobre e nele. Quem pode ser esse agente. A natureza por si só não poderia. Benjamin Franklin diz que achar que o universo não tenha um criador, esse agente, é o mesmo que achar que um dicionário foi escrito a partir de uma explosão de uma tipografia.
Bem. Se há, e creio que há, pois tenho experimentado do que Ele é capaz. Imagino que Ele deixou algo em nós e exteriormente para testemunhar dEle, quem somos e para que estamos aqui.
Primeiro, a palavra. Segundo, a escrita. Terceira, o testemunho de milhares de milhares de vidas que têm experimentado da eterna misericórdia e graciosa graça.
Porque precisamos de misericórdia? Porque há um padrão estabelecido de viver que o homem insiste em não conhecer e quando conhece o desobedece. E esse padrão está na Palavra, nas Escrituras Sagradas que é poder desse Agente chamado Deus para salvação de nossas almas. Almas essas atoladas em lamas de corrupção, orgulho, soberba, lascívia, idolatria, maldade, cobiça, avareza, ódio, ira, inveja, contenda, desordem, desrespeito aos mais velhos, exploração dos pobres e necessitados, de injustiça, do mal.
Esse Agente, Deus, único, estabeleceu como padrão de sociedade a família. E como família deverá gerar filhos. Mas não qualquer filho. Há um modelo também de filho, Jesus Cristo! Quem duvida, procure conhecê-Lo e verás!
Na demonstração de modelo de filho, Jesus Cristo não havia realizado nenhuma proeza como Ele realizara após o batismo nas águas. Ele alegrava o coração do Pai apenas com o obedecer. Fazer da sua vida conforme o que o Pai assim o desejava.
O Evangelho de Jesus Cristo nos ensina que todo aquele que o recebe, reconhecendo-O como Filho de Deus, crendo em seu coração, torna-se filho de Deus! Do contrário é apenas criatura, cujo amor de Deus permanece o mesmo desde a fundação do mundo. Esperando apenas que haja arrependimento em suas vidas.
A misericórdia é um deixar de aplicar um castigo merecido. Por que necessitamos de castigo? Porque não obedecemos. Para quem tem filho sabe o significado disso.
A graça, através de Jesus Cristo, é um presente de Deus que também não merecíamos. É graça!
Quem aceita a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo que consiste no amor ao Pai e uns pelos outros, obedecendo-Lhe em essência, torna-se filho de Deus. Torna-se participante do Seu Reino que consiste de Paz, Justiça e Alegria do Espírito Santo.
Ainda que esteja aqui, tenho experimentado do Reino de Deus. Por que? Porque estou no Seu Reino e ele está em mim! O Reino do Pai! Para que? Para obedecê-Lo, O adorar, O glorificar, O amar.
Pela graça do Senhor Jesus Cristo,
Marciel S. Santos